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quinta-feira, 25 de março de 2010


O livro “Por ti Mariana”, de Helena Ranha, tocou no coração das nossas gentes “Se as nossas lágrimas fossem sangue o meu computador era vermelho”O livro “Por ti Mariana” foi crescendo e foi lançado a 26 de Novembro de 2009 em Ponta Delgada. Graças à iniciativa de Roberto Medeiros, da organização Mosaico, o mesmo livro teve honras de lançamento nos EUA no passado fim de semana.Aconteceu no Consulado de Portugal em New Bedford (sexta feira), Casa dos Açores, East Providence (sábado) e salão da banda de Santo António (domingo), em Cambridge. O conteúdo chocante caiu fundo no coração de quem ouviu a apresentação da obra e a apresentação de um DVD, que retrata uma entrevista feita pela SIC. Mas, o que leva uma avó a escrever um livro sobre uma neta? Talvez porque se formou em Medicina. Possivelmente porque recebeu uma distinção no campo da investigação científica. Ou pelo facto de ter finalizado o curso de pilotagem dos jatos F16. São assuntos entusiasmantes e que dá gosto escrever, mas quando se debruça sobre o computador para escrever a história de uma neta de nove anos atingida pelo flagelo do cancro, tudo se traduz na frase da autora da obra, “se as nossas lágrimas fossem sangue o meu computador era vermelho”.E foi o resultado destas lágrimas que dão o título ao livro que vai na segunda edição. “Não era fácil dizer à Mariana com os seus nove anos que tinha aquela doença mortal. Debaixo da minha tristeza e mágoa fazia sempre por mostrar um sorriso. Explico no livro o que fiz durante um ano para nunca a deixar compreender que sabia da sua terrível doença”, disse Helena Ranha ao PT, antes do lançamento do livro no Consulado de Portugal em New Bedford.“Fiz 22 regras que estão no livro, rigorosamente seguidas pelos familiares que a rodeavam. A jovem fazia quimoterapia, que mata tudo o que encontra pelo caminho, quer seja bom quer seja mau. Se as 22 regras forem seguidas à regra a pessoa pode ultrapassar aquela fase da doença. Tudo foi seguido para evitar uma recaída da Mariana, que se viesse a acontecer não seria fácil recuperar. A Mariana fez o protocolo Alemão, o que é bastante difícil, fez a quimoterapia”, prosseguiu Helena Ranha, mostrando uma coragem invulgar para uma avó que escreve sobre uma neta, em que o pior pode surgir a qualquer momento.“Na altura da primeira comunhão não foi fácil dizer-lhe porque é que o cabelo tinha caído. Um ano depois dessa jornada (o livro está dividido pelas jornadas da vida) é que explico à Mariana, o que é que ela teve. E a resposta foi esta “obrigado avó, se me tivessem dito, teria medo e agora não tenho”, disse Helena Ranha.“Eu acho que não se deve tirar o colorido da vida, nem a fé da esperança às crianças”, sublinhou a avó, escritora, que sofreu com a situação mas que encarou tudo com força de poder transmitir a esperança a uma jovem de nove anos. “Está uma senhora em Ponta Delgada, com o mesmo tipo de doença e que está a levar à risca as regras. O cancro é uma doença terrível. É uma doença silenciosa, instala-se, não pede licença, e segue-se a lei da sobrevivência. Uns conseguem outros não. E assim nasceu o livro da Mariana. A Mariana está com 11 anos, está controlada, não está curada, tudo está bem e estou certa que vai conseguir”, disse Helena Ranha, que já conta no seu palmarés com mais livros escritos e na sua maioria com duas e três edições. “Escrevi em 2006 Páginas de Mim, coletânea de poemas, com uma segunda edição em 2007. Silêncio de Mulher foi mais um livro que já vai na segunda edição.Curiosamente na semana passada saiu a terceira edição de Páginas de Mim.Daniel de Sá, disse “que eu escrevo com alma e o coração. É uma escrita simples que pode ser absorvida por toda a pessoa que a lê”, concluiu Helena Ranha. Roberto Medeiros, responsável pela iniciativa, está radiante pelo êxito conseguido. “Depois de constituir a Associação Mosaico que tem por fim criar, promover e divulgar iniciativas culturais e solidárias, fui contatado por Helena Ranha para participar no lançamento no livro nos Açores rodeado do maior sucesso. Este livro é um ensinamento às famílias que têm no seu seio elementos com a terrível doença do cancro. Mediante isto senti-me na obrigação de ajudar a promover esta obra no seio das comunidades radicadas pelos Estados Unidos”, disse Roberto Medeiros.

1 comentário:

Anónimo disse...

parabens,magnifica entrevista.