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domingo, 10 de janeiro de 2010

Por Ti Mariana


Prefácio

Em Por Ti Mariana, estamos perante uma obra cujo género literário não será objecto de análise neste prefácio, uma vez que, da leitura da mesma, o que mais ressalta são os matizes que a autora bem soube utilizar, em forma despojada, mas que traduzem, na experiência vivida, toda uma série de acontecimentos, de reacções, de emoções, de tristezas e de alegrias.
Se uma primeira abordagem à leitura da obra poderá remeter o leitor para um Diário expresso na datação e registo dos acontecimentos que medeiam entre as primeiras manifestações da doença e o término dos tratamentos a que Mariana se submeteu, desafiamo-lo a seguir mais atentamente o decurso do narrado, para poder descobrir a tecedura que a autora utilizou para alcançar os objectivos a que se propusera na feitura da obra.
Assim, encontramos laivos de uma espontânea filosofia , quase diríamos próxima do Carpe Diem, uma exortação reflexiva sobre o valor da Vida, uma preocupação didáctica e pedagógica nos registos de ensinamentos em como lidar em circunstâncias similares, na pesquisa exaustiva dos termos científicos e de definições de especialidades médicas ou de tratamentos adequados.
Porém, o livro ora lançado, ainda apresenta uma nova leitura de valor bastante sugestivo e com uma forte carga emocional.
De facto, associado à já mencionada reflexão sobre a Vida, surge um campo semântico que conduz o leitor a um cenário de batalha, no qual se trava uma luta que, embora árdua, longa e quase invencível, tem de ser ganha pelo contendor mais fraco, graças à sua tenacidade em querer vencer o inimigo para, assim, poder continuar a viver.
Mas, não nos fiquemos apenas pelo campo de batalha.
Quem não deixará de ver Mariana preparar-se para a corrida que vai iniciar, de tocha acesa na mão. Sabe-a difícil, mas tem de a ganhar , apesar de, mais uma vez, os adversários serem violentos, traiçoeiros e resistentes. E a tocha terá de se manter acesa, pois ela é a Tocha da Vida.
Mas, na corrida que Mariana tem de correr, embora consciente de que não lhe faltarão apoios nos momentos em que as suas resistências físicas e psíquicas parecem falecer, todavia, só a ela é incumbida a missão de transportar a tocha e sempre zelar para que não se apague.
Missão impossível, dir-se-ia, mas que Mariana cumpriu por etapas, atingiu metas: venceu.
No entanto, outras etapas ainda a esperam para que possa ,finalmente alcançar, com a mesma persistência, talvez até mesmo com obstinação,a meta final. Aí, sim, a nossa competidora não só orgulhosamente exigirá a tocha acesa como receberá o justo prémio da vitória pela qual tanto pugnou: a Vitória da Vida.


É nesta envolvência metafórica que acompanhamos as Jornadas de Mariana.
Todavia, a par deste recurso, perpassa uma linguagem afectiva em que se patenteia todo o amor e o sacrifício de uma avó que tenta arrancar das garras de uma terrível doença o ser que mais ama: a sua neta.
Mariana, na sua inocência, proporciona ao leitor passagens de ternura, e boa disposição, de alegria, de dúvidas, de tenacidade e de maturidade que surpreende.
“Mariana amadureceu sem saber porquê”.


Helena Ranha pretendeu , igualmente, através deste testemunho, deixar um «Guia» a todos os pais, que pela adversidade do destino, vêem os seus filhos serem abrupta e cruelmente apanhados nas teias da terrível doença que é o Cancro.
Mas, a mensagem final é de optimismo e de esperança.
Vale a pena lutar porque o cancro não é o fim.



Maria Margarida Palhinha

2 comentários:

Unknown disse...

Vencem na vida os que a encaram
com permanente otimismo.
Vencem sempre os que sabem lutar,
sem perderem a direção da vitória.
Vencem aqueles que começam a luta
pensando que, por mais árdua que seja,
ela os leva para o endereço que propuseram,
sem pensar em derrotas.
Vencem aqueles que não desanimam em fase
das dificuldades e para os quais os obstáculos
servem como degraus para a subida e para
a consecução do objetivo

Felicidade é o resultado dessa tentativa.
Ame acima de tudo.
Ame a tudo e a todos.
Deles depende a felicidade completa...
Descubra aquilo de bom dentro de você.
Procure acima de tudo ser gente...

(Desconhecido)

Mariana disse...

Mariana sou eu tenho 11 anos e adoro estar coma minha avó Helena ...